Para quem acredita que yoga é um tipo sofisticado de exercício corporal, fica aqui uma breve reflexão sobre o que, na verdade, é praticar Yoga:
Ter uma identidade pessoal que para os Hatha Yoguinas é Shiva dentro de nós. Isto significa que ele deve ser autêntico, em seu comportamento. O Yogui pensa com sua própria cabeça e observa o mundo por sua própria perspectiva. Ele busca identificar-se consigo mesmo (svarupam). Essa identidade dá a ele o modo peculiar pelo qual ele percebe o mundo.
Ser livre para se expressar. O Yogui não tem vergonha nem medo de se expor com transparência, pois nada tem a ocultar. Ele é aquilo que é. Essa afirmação de sua individualidade faz alguns yoguinas paracerem um tanto exóticos, imorais ou rebeldes. Mas eles são autênticos.
Ser livre para fazer. O Yogui não encontra barreiras para a sua ação. É uma contradição o Yogui que não realiza alguma ação prática. O Yoga não é teoria, mas pura realização. Ser Yogui é acima de tudo ser útil.
Não evoluir, mas revelar a perfeição. A doutrina do Yoga se baseia no fato de termos a perfeição já presente dentro de nós. Nossa tarefa é apenas a de realizarmos a sadhana que é a revelação dessa perfeição. Cada um de nós é Shiva, e Shiva é o Adinatha, o mahasiddha – o Senhor supremo e o maior dos perfeitos. E Shiva somos todos e cada um de nós.
Na concepção do yoga, não há ninguém inferior nem superior, melhor ou pior, mas apenas pessoas cuja perfeição apenas aguarda para ser posta em prática.
Bom Dia,
Carlos, fiquei muito feliz de ter participado do seu curso aqui em Blumenau no dia de ontem. Parabéns pela maneira como conduz sua palestra – apesar de transcorrer uma linha do tempo milenar e abordar tantos assuntos complexos, você o faz de maneira coesa e palatável, é fascinante!
Obrigado, namaste
Shams