Carlos Eduardo G. Barbosa

A cultura sânscrita produziu muitas obras literárias que tiveram impacto no desenvolvimento do pensamento ocidental. Em especial as obras conhecidas como “upanishadas” exerceram forte influência em filósofos e poetas europeus, principalmente, em razão de sua profunda visão metafísica da relação entre o “eu” e Brahma (este entendido como a “presença” por trás do Universo).

Encravada dentro do popular épico indiano “Mahabharatam”, a Bhagavad Gita é uma coleção de setecentos versos distribuidos em dezessete capítulos, cujo assunto principal é o Dharma, tratado pela perspectiva do Yoga. A metafísica adotada nessa composição é exatamente a mesma das upanishadas, razão pela qual a Gita é chamada às vezes de “Bhagavad Gita Upanishat”.

A Gita se tornou, no correr dos séculos, a composição sânscrita mais popular da Índia. Hoje é um dos textos mais lidos de todo o mundo. Isso se deve, em parte, ao fato de ter sido composta na linguagem simples e popular do épico, mas também por sua mensagem afirmativa da capacidade humana de realizar sua natureza espiritual.

Muitas vezes me consultam sobre que versões da Gita são as melhores. Após examinar várias delas, comparando com o original sânscrito, posso recomendar a “Bhagavad Gita segundo Gandhi”, publicada pela editora Ícone (de longe a melhor opção), e a “Bhagavad Gita” traduzida por Huberto Rohden, publicada pela Martin Claret. Nenhuma delas foi traduzida do Sânscrito para o Português, mas nas duas o conteúdo foi preservado relativamente fiel ao seu formato original. Clique nas imagens para comprar esses livros.